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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Maria da Penha

Maria da Penha - Alcione
Composição: Paulinho Resende e Evandro Lima

Comigo não, violão
Na cara que mamãe beijou
Zé Ruela nenhum bota a mão
Se tentar me bater
Vai se arrepender
Eu tenho cabelo na venta
E o que venta lá, venta cá
Sou brasileira, guerreira
Não tô de bobeira
Não pague pra ver
Porque vai ficar quente a chapa
Você não vai ter sossego na vida, seu moço
Se me der um tapa
Da dona "Maria da Penha"
Você não escapa
O bicho pegou, não tem mais a banca
De dar cesta básica, amor
Vacilou, tá na tranca
Respeito, afinal,é bom e eu gosto
Saia do meu pé
Ou eu te mando a lei na lata, seu mané
Bater em mulher é onda de otário
Não gosta do artigo, meu bem
Sai logo do armário
Não vem que eu não sou
Mulher de ficar escutando esculacho
Aqui o buraco é mais embaixo
A nossa paixão já foi tarde
Cantou pra subir, Deus a tenha
Se der mais um passo
Eu te passo a "Maria da Penha"
Você quer voltar pro meu mundo
Mas eu já troquei minha senha
Dá linha, malandro
Que eu te mando a "Maria da Penha"
Não quer se dar mal, se contenha
Sou fogo onde você é lenha
Não manda o seu casco
Que eu te tasco a "Maria da Penha"
Se quer um conselho, não venha
Com essa arrogância ferrenha
Vai dar com a cara
Bem na mão da "Maria da Penha"


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Alcione na música tá mais do que certa, busca-se muito e à muito a comparação entre homens e mulheres e até mesmo que sejam tratados iguais perante a lei, sociedade e principalmente nas segregações horizontais e verticais. Entretanto, é fato ou ao menos era o de que a mulher em sua constituição física se torna diferente comparada ao homem, não só pelo gênero, sexo ou qualquer outra diferença que se possa encontrar mas de fato o homem tende a ser mais bruto do que a mulher, é mais forte fisicamente, salvo raras exceções, claro que na maioria e no geral é assim, por conta disso reafirmo que a cantora mandou muito bem na letra e realmente zé ruela que bate em mulher merece sim um tratamento diferenciado (leia-se, sem dó).

A Lei Maria da Penha é brasileira, muito embora tenha sido necessária o reforço de uma ordem internacional para ratificar, quem quiser conhecer a origem e a história, vale a pena ler esse texto encontrado neste site: A HISTÓRIA DA MARIA DA PENHA, entretanto é notório que para ser constitucional, já que a própria Carta Magna trata de igualdade entre homens e mulheres que a Lei também valha para os homens, a crítica circula dois caminhos, um defende que pode ser aplicada também para o homem que sofre de qualquer tipo de violência doméstica praticada por suas parceiras, inclui também o caso dos homossexuais, mas a Lei não trata do homem especificamente, coloca a mulher no texto até mesmo pela necessidade que sugeriu a referida Lei. Entretanto houve muitos casos no Brasil onde se pode aplicar a Lei para beneficiar homens em situações semelhantes, o outro lado da moeda é a crítica a essa aplicação e por conta disso está para o STF declarar ou não a constitucionalidade, vide: Não deve ser aplicada ao homem.

Independente de qualquer coisa é muito importante que as mulheres tenham coragem, assim como diz a letra da canção de exercer seu direito e se ver livre de homens que as tratam como lixo. A mulher as vezes se submete tanto aos homens, no sentido de não terem tido oportunidade de estudar ou trabalhar que passam a depender totalmente dos seus maridos e quando estes chegam em casa bêbados, brutos e sujos de outras mulheres acabam por constranger suas esposas a todo tipo de doenças, violências, abusos. Estas fragilizadas com a situação e também por pensarem nos filhos acabam "aceitando" essa condição humilhante até o dia em que algum milagre possa acontecer, é um ato de coragem denunciar esse tipo de abuso e conforme o tempo for passando vai ser possível confiar mais no trabalho da justiça e afins no sentido de eliminar esse tipo de "marido" do mercado. Talvez seja o fulcro da MARCHA DAS VADIAS, embora com o foco um pouco desregulado.
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2 comentários:

  1. Bom, vamos lá. Adorei o post Melo. Muito bom você tratar esse tema, eu, me descobrindo uma feminista, sou totalmente contra qualquer tipo de violência e repressão contra a mulher. A mulher é mais frágil sim, e devido ao histórico de submissão, até hoje, algumas apanham em silêncio, mesmo no século em que nos encontramos e isso é vergonhoso!!!! Leis como essa ajudam essas mulheres a perderem seus medos, a romperem barreiras e isso é o que realmente importa. Já sobre a marcha das vadias, ela não é bem focada na violência contra a mulher. Não sei se você sabe a história de como começou a marcha, sabendo ou não eu vou resumir aqui: Uma mulher no Canadá sofreu um estupro e foi fazer uma denúncia na delegacia, chegando lá o policial disse que a culpa dela ter sofrido o estupro era dela, porque ela era vulgar e usava roupas provocantes, mas peraí? Mulher agora não pode usar a roupa que quiser? Não pode beber, porque se estava bebada a culpa de qualquer violência que ela sofra também é dela? As muleheres no Canadá ficaram simplesmente indignada com o policial que chamou a vítima de "slut", vadia, e resolveram se organizar a promover a "SlutWalk", foi assim que surgiu. Rapidamente o movimento se alastrou e vparias marchas foram organizadas pelo Canadá, depois EUA, chegando rapidamente no Brasil.
    Bom, já falei demais, mas é disso que se trata a marcha das vadias, é sobre a liberdade sexual feminina, sobre a repressão que a mulher recebe sobre seu próprio corpo e é por isso que algumas vão sem blusa(acho exagero, mas não é pra aparecer, é protesto mesmo!), com roupas provocantes. Pra mostrar que se uma mulher é estuprada a culpa não é da roupa dela, ou da bebida, ou até mesmo pelo fato de ter ido a uma festa sozinha, a culpa de um estupro é SEMPRE do estuprador. Essa é a mensagem que se deseja passar com a Marcha.

    Raquel Araújo (só to conseguindo postar como anonimo)

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  2. Pois e Quel, mas como o estupro também é uma violência, apanhar do marido também poderia ser uma vertente da causa, ao menos é tão válido quanto poder usar qualquer roupa... Na realidade, até mesmo as mulheres se espantam com a roupa de algumas outras quando comentam que "periguete não sente frio", pois é.. Da mesma forma que ao caminhar na rua e se deparar com uma pessoa toda de branco e imaginar (deve trabalhar na área de saúde) e ao mesmo tempo vislumbrar do outro lado da rua um cara vestido como malandro e já apertar a bolsa com as mãos por medo de assalto, talvez os homens ao visualizarem uma mina com decote muito provocante e não querer olhar os seus seios é covardia... Estuprador merece ser tratado como tal, acho realmente que o policial agiu muito mal por não registrar a queixa crime e por ai vai, não deixo de achar a marcha uma causa justa mas foi justamente isso que quis colocar ao final do texto, os motivos são muitos e talvez por isso perca-se um pouco o foco sobre o que seria primordial. Se for só pelo direito de se vestir como uma garota de programa e não ser estuprada... dai acho que a marcha é em ré. Entende? De qq forma o texto não foi pra falar mal da marcha e sim pra falar da Maria da Penha.. :D

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